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Aprender geografia, história e biologia em meio à natureza e ainda ter a oportunidade de visitar um dos locais históricos mais importantes do país: o berço da siderurgia nacional. Junto aos professores Allas (biologia) e Mauro (geografia), os alunos do 1º ano do ensino médio do COC Sorocaba - Santa Rosália realizaram uma excursão à Floresta Nacional de Ipanema, a Flona, e tiveram a oportunidade de aprofundar conhecimentos aprendidos em sala de aula em uma das principais reservas naturais do Brasil. A visita começou pela Trilha da Pedra Santa. E foi preciso fôlego, já que foram percorridos mais de 5 quilômetros em meio à Mata Atlântica. Por trás do nome da trilha, há uma história interessante. Consta que no século 19, um monge italiano atendia enfermos em uma pedra. Trata-se de uma pedra horizontalizada que lembra um leito e onde o monge curava as pessoas de diversas doenças. Daí o nome Pedra Santa. Além de passar por essa pedra, os estudantes caminharam até a famosa cruz de ferro, fundida na siderúrgica de Ipanema. Aliás, são três cruzes dessa na cidade: a que se encontra na trilha mencionada, uma que fica no final da avenida Ipanema e outra que está em frente ao Museu Histórico de Sorocaba (anexo ao zoológico Quinzinho de Barros). Nessa trilha, os alunos também puderam conhecer o mirante em homenagem a Varnhagen, considerado o fundador da historiografia brasileira. Do alto da trilha, a vista é incrível e pode-se ver a Serra de São Francisco (Votorantim), a Serra do Japi (Jundiaí), Iperó, Boituva, Sorocaba e até Aramar (Centro Tecnológico da Marinha). Nessa hora, os professores aproveitaram para falar um pouco desse pólo de desenvolvimento de pesquisas nucleares localizado em nossa região. Do alto da trilha, os alunos aproveitaram para dispersar sementes de jerivá, um tipo de coqueiro. Depois de pegar novo fôlego, os alunos foram a Trilha Afonso Sardinha, com pouco mais de um quilômetro de extensão e com direito a quedas de água. Afonso Sardinha foi quem descobriu a existência de minério de ferro na região do Morro Araçoiaba. Nessa trilha, os estudantes fizeram uma análise da biodiversidade. A ideia era levantar as espécies de plantas existentes em um metro quadrado. Também fizeram uma análise de serapilheira, ou seja, das matérias em decomposição existentes nesse espaço: insetos, folhas, vestígios de animais (penas e pelos). Na oportunidade, eles encontraram uma perereca conhecida como rã martelo (devido ao som que emite que faz lembrar as pancadas dessa ferramenta). Ao longo das trilhas, os estudantes também fizeram a análise de temperatura e umidade em diversos pontos da Flona. Depois do almoço, os estudantes puderam visitar o centro histórico da Flona, o museu da siderurgia brasileira, o casarão das armas brancas e o primeiro cemitério protestante do País, que foi construído já que muitos europeus que vieram para cá para a construção e administração da siderúrgica eram protestantes e portanto não eram enterrados em cemitérios católicos. Houve ainda o plantio de três espécies de mudas de árvore na beira da represa de Hedberg, que é a primeira represa construída no Brasil para a produção de energia elétrica. A visita fica ainda mais interessante já que o professor Allas desenvolve trabalhos de estudo do meio na Flona há 20 anos e, portanto, os alunos têm a oportunidade de conhecer aspectos muito interessantes do local. “Voltamos moídos de cansaço, mas foi muito bacana”, aponta o professor Allas, ressaltando que uma experiência como essa faz toda a diferença no processo de aprendizagem dos alunos. Confira as fotos em nossa página do Facebook!