Respeito às diferenças

Publicado em terça, 05 de outubro de 2021 Ensino Fundamental I

É muito gratificante ver crianças e adolescentes falarem com propriedade de seus próprios sentimentos e de temas como diversidade, respeito e empatia. Ao longo de quase dois anos de instalação do Amigavelmente no colégio, é possível perceber o quanto esses diálogos estimulados pelo projeto auxiliam no desenvolvimento de aspectos socioemocionais dos alunos que acabam por refletir em um ambiente escolar mais acolhedor e de respeito às diferenças. Pois pra nós, do COC Sorocaba, a formação dos estudantes deve se dar de maneira integral, indo além da questão pedagógica e abordando também a educação emocional.

A professora Gabriela, uma das responsáveis pelo projeto que conta com material desenvolvido pelo consagrado grupo educacional Pearson, não esconde o entusiasmo com os resultados que tem sido alcançados com o Amigavelmente, que é aplicado em todo Ensino Fundamental, com aulas semanais.

Segundo ela, responsável pelo Fundamental I, é possível perceber que hoje os estudantes já sentem-se mais seguros e tranquilos para falar dos seus sentimentos e compartilhar experiências emocionais em um diálogo saudável e acolhedor.

No Amigavelmente é possível falar sobre sentimentos como medo, raiva, frustação, e perceber como os colegas também passam por experiências parecidas. Compartilhando, é possível refletir sobre o sentimento, perceber como ele se manifesta e qual a melhor maneira de lidar com ele. “Mas vale lembrar que quando tratamos de sentimentos e emoções nunca há um ponto final, não há a resposta certa, não há um jeito certo de reagir. O que é mais importante é tentar vivenciar tudo da maneira mais saudável possível e sempre pensando na empatia”, comenta Gabriela.  

Além de atividades propostas na apostila e rodas de conversa, as aulas incluem o uso de recursos áudio visuais e jogos. A ideia é abrir um canal para a conversa, para a socialização, para o diálogo. “Muitas vezes é difícil expor o que se sente e recursos lúdicos como jogos, por exemplo, funcionam como disparador”, explica. 

Outro aspecto interessante levantado pela professora é a interdisciplinaridade do projeto, que acaba por trabalhar em suas atividades disciplinas como o Língua Portuguesa (através da escrita sobre os assuntos abordados), as Ciências Sociais (reflexões sobre respeito à diversidade cultural, étnica e religiosa) e até Biologia, quando se discute o respeito ao meio ambiente e aos animais.

Gabriela percebe também que esse canal de diálogo proposto no projeto tem auxiliado e muito no ambiente escolar e até no ambiente familiar, já que as crianças levam para casa assuntos levantados no projeto.
“Acho importante enfatizar que o apoio da família é essencial. Quando há interação da família, a criança se desenvolve melhor e expõe melhor o que está sentindo”.

Conforme Gabriela, há temas que aparecem recorrentemente nas aulas, como diversidade, discriminação, preconceito e bullying.