A Unidade III do COC Sorocaba, que atende alunos do 8º ano do Ensino Fundamental ao Ensino Médio, conta com um espaço onde os estudantes adoram ter aula: o laboratório de Ciências da Natureza. Devido à pandemia, o espaço não estava sendo muito utilizado, mas, agora, as atividades voltaram a acontecer. Os alunos do 9º ano, por exemplo, realizaram uma série de experimentos em física, química e biologia. Eles contam até com um jaleco para usar no laboratório.
“Eles estrearam o jaleco em uma aula minha. Os alunos adoraram, se sentiram como cientistas”, conta Tiago, professor de física, que utilizou o espaço para falar mais sobre o processo de eletrização. “O experimento tem o papel de encantar o aluno e incentivá-lo a estudar ainda mais a parte teórica. Além disso, o experimento também tem o papel de verificar o que foi assimilado da parte teórica”, comenta Tiago. Segundo o professor, as atividades no laboratório têm um grande engajamento por parte dos alunos. “A gente tem até que trabalhar para amenizar a euforia deles. Os adolescentes são inquietos e precisam de algo dinâmico. Nesse sentido, o laboratório vem para suprir essa necessidade e, com isso, a gente tem um aprendizado mais significativo”.
Aline, professora de biologia, conta que também sente esse entusiasmo. Conforme ela, na biologia muitas vezes os estudantes aprendem sobre estruturas que são microscópicas como as células e seus DNAs, o laboratório permite que essa visualização fique mais interessante e de fácil assimilação. No espaço, por exemplo, a turma de 9º ano pôde fazer a extração do DNA do morango, num experimento que utiliza recursos simples como detergente, sal e água, mas que estimula muito a curiosidade. “A gente percebe que eles têm uma expectativa muito grande e querem manipular os equipamentos no local, nem que seja para colocar um pinguinho de detergente na solução que estamos preparando”, diz Aline.
Para o professor Victor, de química, ter um laboratório no colégio faz uma enorme e importante diferença. “São poucas as escolas que têm esse recurso. No laboratório, os alunos participam muito mais, interagem mais. O aproveitamento é muito bom”, explica Victor, ressaltando que todas as atividades no espaço devem estar vinculadas ao subsídio teórico ministrado em sala de aula. Com os alunos do 9º ano, Victor conseguiu mostrar, na prática, sobre quais frutas, alimentos e até produtos de limpeza são ácidos ou básicos. Para isso, os estudantes utilizaram um extrato que fizeram com repolho roxo e que virou um indicador ácido-base. De acordo com a variação da cor desse extrato (roxo, vermelho ou até azul esverdeado), em contato com os alimentos ou outras substâncias, os alunos podiam detectar se tratava-se de um produto ácido ou básico. Muito interessante, né?