Investeen

Publicado em quarta, 10 de novembro de 2021 Ensino Médio

Investimento em ações, fundo imobiliário, renda fixa, indicadores econômicos... Esses foram assuntos abordados durante a disciplina eletiva Investeen - Inteligência Financeira para Jovens, disponibilizada neste semestre aos alunos de Ensino Médio do COC Sorocaba.

A procura por essa disciplina, que foi oferecida gratuitamente aos estudantes interessados, foi bastante grande e, por isso, houve a abertura de duas turmas.  

Ministrada pelos professores Bruno Lima de Luca e Denise Valentim Dias de Camargo, a disciplina Investeen teve como objetivo ensinar o aluno a poupar e construir um patrimônio através da substituição de gastos supérfluos por investimentos a longo prazo e com recebimento de renda passiva (dividendos) e também contribuir para que o aluno entenda o mercado financeiro de forma macro, aprendendo a analisar os riscos e as oportunidades dos investimentos disponíveis. “Independente da profissão que eles escolham, a gente quer incentivar que o investimento vire um hábito entre eles. O COC saiu na frente das demais escolas com esse pioneirismo nessa área de investimento, que é um tema superatual e necessário, independente da idade”, opina Bruno.

Durante as aulas, os professores mostraram que os jovens, mesmo com poucos recursos, já conseguem comprar ações de uma empresa. Os estudantes também aprenderam como avaliar uma empresa a partir da análise de indicadores econômicos, para assim ter parâmetros sobre onde aplicar.  

A professora Denise acredita que ao longo das aulas foi possível abrir a cabeça desses jovens para o mercado de ações, o que pode ser muito importante para a saúde financeira deles. “90% dos brasileiros investem seu dinheiro na poupança e a poupança tem rendimento baixíssimo. As pessoas acabam perdendo dinheiro devido à inflação”, comenta ela, destacando assim a importância de ter conhecimento sobre o mercado de ações para fazer melhores escolhas para os investimentos.

O aluno Vinícius Kalach, que já sabia um pouco sobre renda fixa e criptomoedas, diz que o curso possibilitou ampliar seus conhecimentos. “Eu entrei como um cara bem leigo em investimentos e sai com um conhecimento bem mais amplo, principalmente na esfera de ações”, pontua.

Para fechar a disciplina, os alunos, divididos em grupos, também trabalharam com empreendedorismo, desenvolvendo um projeto de uma empresa que pudesse trazer inovação e contribuir para a sociedade.

E tiveram muitas ideias legais, como uma empresa de produtos eletrônicos sustentáveis que tem uma capinha de celular que funciona como carregador do aparelho através da energia solar, uma empresa de customização de jeans usados para diminuir impacto ambiental e uma empresa de goma de mascar vegana.

E no último dia 9 de novembro, os estudantes tiveram a oportunidade de apresentar suas ideias para uma banca formada por profissionais de vários ramos e que têm experiência em bancas de Startups. A banca foi formada por Roberto Machado de Freitas (que atualmente trabalha no Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovações e que foi secretário de desenvolvimento econômico em Sorocaba), Nelson Tadeu Cancellara (com mais de 40 anos de experiência como gestor administrativo e industrial de empresas de médio e grande porte), Nilso Adalberto Pela (experiência como CEO e diretor executivo em grandes empresas) e Fernando Zanchetti (diretor de desenvolvimento urbano e meio ambiente de Sorocaba), além do Diretor Geral do COC Sorocaba, Nelson Raul da Cunha Fonseca.

Após ouvirem as apresentações dos alunos, a banca fez perguntas, deu um retorno sobre os projetos apresentados e elegeu qual deles teria mais chances de receber investimento.

Ação solidária

O curso Investeen também propôs um desafio para os alunos e o resultado foi revertido em uma ação de solidariedade. Os estudantes puderam investir, ficticiamente, dez mil reais no mercado financeiro. Utilizando os conceitos de investimento aprendidos ao longo do curso, a ideia era que eles teriam que fazer as melhores escolhas com o intuito de conseguir maior rentabilidade para esse montante. E se a soma da rentabilidade fosse positiva, a escola faria uma doação no valor de R$ 500 a uma instituição social. Os alunos se empenharam bastante e conseguiram alcançar a meta.