Inteligência Emocional

Publicado em quinta, 16 de dezembro de 2021 Ensino Médio

Autonomia, capacidade de resolução de problemas, respeito às diferenças, como falar em público, como defender sua ideia, como lidar com o estresse, como reparar erros, como ser uma pessoa mais colaborativa, como identificar e lidar com as emoções. Esses foram alguns dos pontos abordados durante a disciplina eletiva de Inteligência Emocional, uma das sete opções ofertadas gratuitamente neste semestre aos alunos do Ensino Médio no COC Sorocaba.

Independentemente do futuro profissional que o estudante venha a escolher, o desenvolvimento das capacidades de inteligência emocional vai ajudá-lo em muitos aspectos da vida, seja na convivência de trabalho, na convivência com a família e mesmo na sociedade.

Segundo a professora Fabiana, responsável pela disciplina, a ideia foi auxiliar no desenvolvimento de cidadãos respeitosos e que também aptos para contribuir por uma sociedade mais justa.

Muitos dos temas abordados em classe foram trazidos pelos próprios alunos, que eram convidados a falar sobre suas emoções e dificuldades. Nas semanas de provas, por exemplo, foi possível refletir e apresentar técnicas interessantes para se manter calmo e concentrado.

Através de vídeos, jogos cooperativos, encenação, dinâmicas, leituras, técnicas de autorregulação, de comunicação e muita reflexão foi possível amadurecer e desenvolver pontos importantes com os estudantes e que, com certeza, vão auxiliá-los a ter uma vida mais saudável emocionalmente.

“O engajamento dos alunos foi bastante alto. Eles contribuíram muito com as aulas e trouxeram dúvidas sobre relacionamentos com a família, dificuldades emocionais pessoais...”, conta a professora Fabiana, que tem uma formação em Disciplina Positiva em Sala de Aula, com certificado da Positive Discipline Association. “Todas as atividades e dinâmicas foram pautadas nos conceitos de Comunicação Não Violenta e Disciplina Positiva, que utiliza de vivências práticas para trabalhar as habilidades interpessoais e intrapessoais; discernimento; habilidade de corresponder aos limites e consequências da vida cotidiana com responsabilidade e integridade”, explica a professora, dando exemplos de práticas que podem ajudar no desenvolvimento de determinadas habilidades. “Para praticar autonomia e responsabilidade, por exemplo, os próprios alunos tinham tarefas para a aula como organizar a sala de aula para o início, fazer o acolhimento dos amigos e colegas, organizar as carteiras, decorar a sala de acordo com o tema da aula...”

Outro ponto ressaltado durante as aulas foi mostrar aos alunos como é importante estar atento para reconhecer as emoções por meio das sensações físicas (perceber quais pontos ficam tensos, coração acelerado, respiração ofegante) e sensações mentais. A partir disso é possível ter consciência e uma reação mais saudável para si e para os outros em determinada situação. Nesse sentido, dar um tempo para se acalmar e conseguir melhor visualizar o problema pode ser imprescindível. A professora também trabalhou exercícios de respiração com os alunos, que podem ajudar muito nesse processo de tentar manter a calma.

“Na aula de autorregulação, por exemplo, apresentei para eles o funcionamento do cérebro. Sob estresse, o córtex pré-frontal não funciona bem e nós perdemos a habilidade de resolver problemas. Quando a parte do nosso cérebro que nos permite pensar e reagir respeitosamente não está funcionando bem, podemos ajudar a nós mesmos e aos outros dedicando um tempo para se reconectar com a gente mesmo”, aponta. Nesse sentido, a consciência corporal é uma ferramenta muito útil para desenvolver habilidade do corpo de se autorregular. “Consciência corporal aumenta as conexões entre os lados direito e esquerdo do cérebro, o que também melhora a habilidade de reconhecer e lidar com as emoções”, pontua a professora.