Pelo terceiro ano consecutivo, o COC Sorocaba realiza um extenso trabalho de aprofundamento de questões socioemocionais com os estudantes. No Ensino Fundamental 2, além de uma aula semanal que faz parte da grade curricular regular, há também um atendimento individual no projeto de tutoria, além das rodas de conversa que são realizadas de acordo com as demandas das turmas.
Nas aulas semanais da grade curricular regular, o professor segue o rico material organizado pelo Sistema COC, que traz diversas propostas e dinâmicas a serem desenvolvidas com os alunos. Os assuntos tratados ao longo do ano são os mais diversos e giram em torno de questões como empatia, respeito às diferenças, autoconhecimento e bem-estar. Há também orientações para desenvolver uma rotina de estudos que seja saudável, eficiente, prazerosa e confortável, e também conversas que visam auxiliar os alunos em momentos que podem gerar mais tensões no âmbito escolar, como a época de provas. Afinal, não apenas a absorção dos conteúdos importa nessa hora, mas também os aspectos psicológicos podem interferir e muito no resultado.
No início do ano letivo, por exemplo, o professor responsável pelas aulas de SOE desenvolve um trabalho de acolhimento aos alunos que ingressam no colégio e também uma orientação sobre como organizar a rotina de estudos.
Já no trabalho de tutoria, o atendimento se dá de maneira individual e a participação é espontânea ou com agendamentos feitos pelo professor-tutor. Nesse momento, o estudante pode trazer algum assunto que lhe seja caro ou alguma situação dentro do ambiente escolar que ele gostaria de poder conversar em particular com o professor.
De acordo com a percepção dos professores e coordenadores, ao longo do ano letivo também há propostas de rodas de conversa, onde são tratados assuntos específicos a uma determinada turma. Esses momentos são muito importantes para colocar em discussão, de maneira aberta e acolhedora, questões de comportamento que podem ajudar na fruição das aulas e no convívio.
Segundo a professora Aline Giron, uma das responsáveis pelas aulas de SOE e tutoria, é possível perceber que esse trabalho tem trazido resultados muito interessantes, um amadurecimento dos alunos, uma unificação maior das turmas, um convívio mais saudável com a comunidade escolar e também o aguçamento do senso critico. “Sejam quaisquer inteligências que a criança/adolescente possua, a inteligência emocional é indispensável. Além de fluidez em cálculos matemáticos, domínio da linguagem e conhecimento de ciências, é necessário saber trabalhar em equipe, gerenciar problemas, expressar-se, dar e receber comandos, saber respeitar o próximo, ser autoconfiante, etc. Ou seja, saber usufruir dos recursos que fornecemos com sabedoria, responsabilidade e felicidade”, aponta Aline.