Um projeto interdisciplinar que visa não apenas desenvolver conceitos e vivências nas áreas de Física, Biologia e Educação Física, mas também que traz reflexões importantes e necessárias sobre inclusão. Durante os meses de outubro e novembro, alunos do 1º ano do Ensino Médio terão que projetar e construir uma perna mecânica. Pegando carona no clima de Copa do Mundo, os estudantes serão desafiados a utilizar as pernas mecânicas feitas por eles para uma competição de chute ao gol. Para dar início a esse processo, os estudantes receberam a visita de funcionários da Conforpés, que mostraram o funcionamento das pernas mecânicas e tiraram dúvidas. Além de esclarecimentos sobre a dinâmica do aparelho, foi um momento de sensibilização para a causa e reflexão sobre a necessidade de uma sociedade mais inclusiva.
Intitulado Chute ao Gol 2022, o projeto faz parte do Itinerário Formativo de Exatas e é coordenado pelos professores de física Tiago e Verônica, além de Ismael, de Educação Física. O projeto será dividido em duas fases, que valem pontos para as equipes. Na primeira, as equipes deverão fazer uma apresentação dos fundamentos teóricos, bem como um breve levantamento de questões relacionadas à inclusão de deficientes físicos em diferentes frentes da sociedade. Já na 2ª fase, vai ocorrer a disputa de chute ao gol.
Na palestra com os funcionários da Conforpés, os alunos conheceram diversas histórias de pessoas que perderam membros. A equipe também mostrou um pouco sobre o funcionamento da perna mecânica e trouxe diversos aparelhos para que os alunos pudessem olhar, mexer e experimentar. “Vieram quatro representantes da Conforpés e um deles usa uma perna mecânica. Foi bem interessante, pois eles viram que exige muito esforço e fisioterapia para a adaptação à perna mecânica”, explica o professor.
“Foi uma experiência prática e muito significativa no contexto pedagógico”, reforça a coordenadora Larissa.
Depois da visita da Conforpés, agora é hora das aulas teóricas e dos encontros com os professores de Física para auxiliar na produção de uma perna mecânica por cada grupo. Alguns dos materiais para a confecção do projeto já foram comprados pelo colégio. O resultado poderá ser conhecido no dia 26 de novembro, quando acontecerá o campeonato na quadra da escola. “Acredito que o projeto possa ajudar a despertar nos alunos a luta pela inclusão. Pois a ideia não é desenvolver apenas parte científica, mas tocar o lado humano deles”, frisa Ismael, professor de Educação Física.