A professora Marina de História estava se preparando para dar uma aula sobre Absolutismo para os alunos dos 7º anos, quando, passando em frente a uma sala de aula do Ensino Fundamental 1, viu duas coroas que haviam sido usadas como adereços de Carnaval.
Foi assim, de improviso, que resolveu pedir emprestado os adereços para fazer uma dinâmica a mais para sua aula e promover uma participação mais ativa dos estudantes. Depois de explicar sobre a vida luxuosa dos monarcas europeus da Idade Moderna e ver algumas pinturas retratando cenas da época, os alunos foram convidados a encenar os reis que tinham esse poder absoluto.
A ideia foi também propor uma reflexão crítica sobre esse período.“Nessa época, os reis tinham o poder máximo, absoluto, e não havia ninguém que pudesse contestar a vontade do rei”, explica a professora.
Durante a aula, ela pode dar o exemplo dos reis franceses – Luís XIII, XIV, XV e XVI – e a vida luxuosa que levavam. Citou como um desses momentos de luxo e suntuosidade a construção do Palácio de Versalles pelo rei Luís XIV. A obra teórica de Maquiavel que reflete sobre essa ideia do poder absoluto do rei também foi apresentada aos estudantes.
Mas, todo esse poder e luxo dos monarcas europeus contrastava com o cotidiano do povo da França, o que acabou por deflagar a famosa Revolução Francesa e seu ideal de liberdade, igualdade e fraternidade.
Ao falar sobre despotismo, tirania e abuso do poder, Marina ressaltou a importância de a sociedade ser baseada em vários poderes e não estar na mão apenas de uma pessoa que não pode ser questionada.
Para que os alunos pudessem visualizar melhor esse luxo ao qual estava envolta à monarquia absolutista, Marina mostrou algumas imagens, como retratos dos reis da época. A partir daí, lançou a proposta de quem topava encenar os reis e rainhas do absolutismo. Os alunos prontamente aceitaram o desafio e interpretaram um texto que montaram de improviso. Eles gostaram de participar e a aula ganhou maior ênfase!