Escola é lugar para estudar, aprender novos conteúdos, realizar tarefas, pensar em provas, mas também para conviver. E é nesse convívio que aprendemos muitas coisas fundamentais da vida e que não estão nas apostilas. E que tal conversarmos sobre isso para sempre estarmos atentos para aprimorar nossas relações com os outros?
Com esse intuito, Dalila, coordenadora do Ensino Médio, propôs uma roda de conversa com os alunos. A ideia foi refletir sobre esse convívio na escola e da importância da empatia, de se colocar no lugar do outro, para a manutenção de um ambiente saudável e estimulante aos alunos. A conversa foi uma oportunidade para que todos se expressassem e também pudessem ouvir uns aos outros. E a ação reverberou de maneira muito positiva na escola. Uma das questões levantadas durante a dinâmica foi que existem muitas formas de violência e algumas delas são silenciosas, ou seja, podem não ficar tão evidente, mas também acabam por ferir o outro. Os alunos mesmos levantaram temas como bullying, importância do respeito aos professores, da riqueza de poder conviver com o diferente. “Foi muito bacana, pois eles trouxeram pontos que se relacionam com a realidade deles”, pontua Dalila.
Para o professor Mauro, que também participou dessa roda de conversa, a iniciativa foi muito importante. “Ficou evidente a vontade dos alunos em extravasar suas angústias, demandas, medos e apreensões”, comenta Mauro, destacando a ótima qualidade do debate.
A ação foi tão interessante com os estudantes do Ensino Médio que a iniciativa foi aplicada com os alunos do 9° ano do Ensino Fundamental e gerou também resultados muito positivos.
“A técnica é muito interessante, pois deixa de ser uma aula expositiva. É um momento em que os alunos podem se colocar livremente”, ressalta a diretora Annaluci.
Em uma roda, sentamos no chão (o que permite uma informalidade e uma intimidade nesse encontro), a pergunta disparadora do debate foi: o que é violência pra você? “Eles levantaram a questão da violência física, da verbal, da psicológica. Falaram do bullying...”, explica Annaluci. Inclusive muitos alunos a procuraram no final do encontro para dizer que adoraram a roda de conversa e pra sugerir que mais iniciativas como essa aconteçam no colégio.
O professor Diego também sentiu que a resposta dos alunos foi muito legal. “Muitos alunos introvertidos em sala de aula acabaram se manifestando. Foi muito positivo”, destaca.
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